Bolo de milho faz parte da minha memória gustativa.
Presenciei muitas vezes a minha mãe e a Vera, minha irmã, a fazer bolo de milho.
Todas as vezes que a mulherada (tias e amigas da minha mãe) se juntava para fazer pamonha, ao final saía um bolo de milho com queijo. Era um evento corriqueiro na minha casa.
Quando criança me divertia ajudando a colher o milho, descascá-lo e limpá-lo. A meninada e a mulherada faziam a maior farra nesses dias. Havia um momento em que fazíamos guerra de farelo molhado.
Tudo terminava com a mesa posta com a pamonha, o curau e o bolo de milho acompanhados daquele cafezinho de coador . O café plantado, colhido e torrado na chácara.
Até hoje, quando vou para a casa dos meus pais e é tempo de milho verde, minha mãe pede para o meu pai colher o milho. Isso acontece logo após o almoço, quando ele traz uma bacia de milho descascado e com os cabelos tirados. Ela prepara o bolo e coloca para assar. Lá pelas quatro horas da tarde o cheiro delicioso do bolo assando invade a casa.
Com um delicioso café da hora, vamos à labuta!
A receita que fiz esses dias e agora divulgo não é a que a Vera e minha mãe fazem. Mas é muito gostosa.
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